As ações da Embraer (EMBR3) registraram uma expressiva valorização nesta terça-feira (1º), liderando os ganhos do Ibovespa após o anúncio de um novo contrato com a companhia aérea escandinava SAS. O papel chegou a subir mais de 5%, sendo negociado acima de R$ 81, impulsionado pela confiança renovada dos investidores no potencial de crescimento da fabricante brasileira de aeronaves.
O que motivou a alta?
A Embraer fechou um acordo para a venda de 45 jatos E195-E2, com opção de compra de mais 10 unidades, totalizando até 55 aeronaves. O valor estimado do contrato gira em torno de US$ 4,6 bilhões, o que representa até 18% da carteira de pedidos (backlog) da empresa.
Além do impacto financeiro direto, o acordo marca a maior encomenda direta da SAS desde 1996, reforçando a confiança do mercado internacional na nova geração de aeronaves da Embraer.
Reação do mercado
Analistas de grandes instituições financeiras, como JPMorgan e Bradesco BBI, classificaram o anúncio como altamente positivo, destacando o fortalecimento do backlog e o bom momento das campanhas de vendas da companhia. O book-to-bill da Embraer — indicador que mede a relação entre pedidos recebidos e entregas — subiu para um patamar entre 1,41x e 1,56x, considerado sólido.
Perspectivas para o futuro
Com entregas previstas a partir de 2028, o contrato com a SAS também sinaliza uma demanda crescente por aeronaves mais eficientes e sustentáveis, como o E195-E2, que promete redução de até 29% no consumo de combustível em relação à geração anterior.
Além da aviação comercial, a Embraer também vem se destacando nos segmentos de defesa e aviação executiva, com forte demanda por modelos como o KC-390 e o A-29 Super Tucano.