A CSN Mineração (CMIN3) é uma das principais empresas do setor de mineração no Brasil, sendo a segunda maior exportadora de minério de ferro do país. A companhia opera com duas minas estratégicas, Namisa e Casa de Pedra, que possuem reservas significativas e minério de alta qualidade.
Recentemente, as ações da CSN Mineração sofreram uma queda expressiva após o banco Morgan Stanley rebaixar sua recomendação de neutra para venda. O preço-alvo das ações foi reduzido de R$ 6,20 para R$ 5,30, refletindo preocupações com a dinâmica de oferta e demanda do minério de ferro e os desafios na execução do plano de expansão da empresa. O principal projeto de crescimento da companhia, a mina Itabirite P15, que adicionaria 16,5 milhões de toneladas por ano, teve seu início adiado para o quarto trimestre de 2027, aumentando os riscos de execução.
Além disso, a empresa enfrenta desafios financeiros relacionados a acordos de pré-pagamento, que impactam negativamente seu fluxo de caixa. Atualmente, a CSN Mineração possui sete contratos ativos, totalizando 55,1 milhões de toneladas a serem entregues até 2029, com um valor pré-pago de US$ 2,4 bilhões. Esses contratos garantem liquidez imediata, mas reduzem a conversão de Ebitda em fluxo de caixa livre ao longo do tempo.
O cenário para o minério de ferro também não é favorável. O Morgan Stanley projeta que o preço da commodity fique em US$ 100 por tonelada em 2025 e US$ 95 em 2026, abaixo da média de US$ 110 em 2024. Essa queda reflete um superávit esperado no mercado marítimo, impulsionado pela redução da demanda chinesa e pelo aumento da oferta global.
Apesar dos desafios, a CSN Mineração segue como um dos principais players do setor, com uma estrutura robusta e capacidade de adaptação às mudanças do mercado. O sucesso da empresa dependerá da execução eficiente de seus projetos e da capacidade de enfrentar as oscilações do mercado de commodities.